Trabalhadores da Unicamp rejeitam proposta do Cruesp e greve continua

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Trabalhadores da Unicamp aprovam manutenção da greve

Os funcionários técnico-administrativos da Unicamp, que estão em greve há nove dias, rejeitaram a proposta feita pelo Conselho de Reitores (Cruesp) ao Fórum das Seis Entidades, ontem (30) em reunião de negociação. Os trabalhadores se reuniram em Assembleia Geral na tarde desta terça-feira (31) e votaram pela manutenção da greve. O Fórum das Seis Entidades reúne as entidades representantes das comunidades universitárias da Unicamp, USP e Unesp – sindicatos, DCE’s e associações docentes.

O Cruesp manteve sua proposta de reposição salarial de 3%, a partir de maio/16. Os servidores estaduais reivindicam um reajuste de 12,34% que corresponde à inflação de 9,34% pelo ICV-DIEESE nos últimos 12 meses (de maio/2015 a abril/2016) mais 3% recuperação de parte das perdas acumuladas.

Na negociação com o Fórum das Seis Entidades o Cruesp reconheceu que houve perdas salariais no período, mas não apresentou nenhuma novidade sob justificativa de não haver condições orçamentárias e financeiras. Essa postura gerou profunda insatisfação na categoria que está vendo seus salários serem corroídos diariamente.

“Reajuste de 3% é brincadeira! A inflação do ano chegou a 10%, por isso, a greve continua. Não vamos aceitar retrocessos nos nossos direitos e conquistas, muito menos ataques à Educação Pública”, explica o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), João Raimundo Mendonça de Souza.

Outro fator de descontentamento é que a Universidade anunciou, logo no início da Campanha Salarial, um corte orçamentário de quase R$ 40 milhões. Somando a isso tem a luta histórica pela isonomia salarial com os servidores técnico-administrativos da USP, compromisso assumido e não cumprindo pelo reitor José Tadeu Jorge.

Sabemos que a Unicamp possui reservas orçamentárias que deveriam ser usadas em momentos de crise. Por isso, o STU reprova essa decisão do reitor de cortar verbas sem discussão prévia com a comunidade universitária e, principalmente, porque essas medidas de enxugamento têm grave impacto nas atividades.

O Cruesp também decidiu unilateralmente suspender as negociações com o Fórum da Seis Entidades até que ocorra “alguma modificação no quadro da arrecadação”. Quanto às reuniões técnicas – para discutir o orçamento das universidades –, o conselho comprometeu-se a agendá-las futuramente.

Vale destacar que os reitores da Unicamp e da USP, respectivamente os professores José Tadeu Jorge (presidente do Cruesp) e Marco Antonio Zago faltaram à reunião de negociação de ontem. Pela Unicamp, compareceu o vice-reitor, o professor Álvaro Crosta e pela USP, o pró-reitor de Pós-Graduação, Carlos Gilberto Carlotti Júnior. Em momento tão delicado nas estaduais paulistas, as ausências representam uma desconsideração em relação às demandas das comunidades universitárias.

Os trabalhadores da Unicamp cobram a reabertura imediata das negociações e atendimento às nossas reivindicações!

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