Assembleia com mais de mil servidores suspende greve

Categoria sai fortalecida do embate que durou 112 dias * Trabalhadores entenderam que sem luta a data-base não teria sido respeitada e, por isso, mobilização segue para assegurar negociação da pauta específica e unidade com as outras entidades do Fórum das Seis.

No 112º dia da maior greve da história da Unicamp, mais de mil trabalhadores aprovaram na assembleia de ontem encerrar a paralisação.

A deliberação teve por base a compreensão de que os trabalhadores saem vitoriosos com a conquista do reajuste e a imposição do respeito à data-base (1º de maio) após quase quatro meses de queda de braço com o Conselho de Reitores e o governo do Estado.

Mesmo com o fim da greve, a categoria também deliberou fortalecer a mobilização e o debate sobre a importância do fortalecimento do sindicato como instrumento de luta e defesa de direitos contra os ataques colocados à universidade pública e seus trabalhadores.

O retorno ao trabalho se dará no dia 15 (segunda-feira) com a conquista do reajuste de 5,2% (com a primeira parcela no salário de setembro e a segunda, no salário de dezembro, incidindo o reajuste integral sobre o 13º); abono de 28,6% (a ser pago sete dias após a normalização das atividades); uma referência nos pisos dos segmentos da carreira.

O STU parabeniza a todos os que lutaram!

Outras deliberações

Realizar reuniões de unidade hoje para organizar volta ao trabalho na 2ª; aReafirmar a comissão de negociação da última reunião com a reitoria para tratar das negociações da pauta específica;

Abrir espaço no site do STU para debate sobre a avaliação da greve;

Promover campanha de denúncia contra o PDV na USP e a desvinculação dos hospitais universitários;

Articular com o Fórum das Seis a continuidade do movimento ‘SOS universidade’;

Propor a realização de plenárias com trabalhadores da USP e Unesp para discutir os ataques aos técnicos administrativos e ações unitárias.

Garantir respeito ao direito de greve e pauta específica

Ainda hoje o STU encaminha ofício à reitoria informando a deliberação da assembleia e solicitando reunião. O objetivo é assegurar que o acordo de encerramento da greve formalize que não serão aceitas ações de perseguição a grevistas e assédio moral. Assim como garantir para o mais breve possível a formalização do calendário de discussão da pauta específica (vale refeição, extensão do auxílio alimentação aos aposentados, isonomia no tratamento aos trabalhadores contratados pela Funcamp, etc) e da implementação das próximas fases do processo de isonomia. A luta segue.

Alckmin afirma que não vai assumir hospital universitário da USP

O jornal ‘Folha de S.Paulo’ divulgou ontem que o governador Geraldo Alckmin afirmou à reportagem que “não há disposição de o governo do Estado ser responsável pela unidade de saúde utilizada como hospital-escola pela universidade” de São Paulo. Ainda de acordo com a ‘Folha’, o secretário de Estado da Saúde, David Uip, que acompanhava o governador, teria afirmado que “tem alguém que quer vender [repassar o HU], mas o outro não quer comprar. Não tem discussão. A decisão nasce morta”.

O uso das expressões “compra” e “venda” pelo secretário evidenciam a concepção privatista do governo tucano, que trata bens públicos da sociedade paulista, construídos e sustentados com os impostos de toda a população, como algo que poderia ser comercializado.

A discussão sobre a desvinculação do HU está marcada para o dia 29 no conselho universitário da USP, que já autorizou a transferência do Hospital de Bauru (HRAC) à Secretaria de Saúde.

O fato do governo do Estado afirmar que não quer o HU pode ser uma vitória dos trabalhadores e defensores da universidade pública, que têm posicionamento contrário à desvinculação. No entanto, pode ser também uma manobra retórica para, mais adiante, repassar a gestão do hospital às chamadas organizações sociais (OSs), consolidando um processo de privatização dos centros médicos de ensino, pesquisa e atendimento à população.

Por isso, segue a luta em defesa dos hospitais universitários. A assembleia de ontem reafirmou posição contra a desvinculação dos hospitais. Assim como a assembleia da Adunicamp.

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