Racismo nas universidades é mais uma face do golpismo

Após as sucessivas expressões de racismo e preconceito que vêm aparecendo na Unicamp, e em outras universidades – como o Mackenzie e a Unesp em Bauru e Araraquara – mais uma vez a sociedade paulista assistiu uma demonstração criminosa de estudantes universitários. Alunos da Faculdade de Medicina de Jundiaí, durante a competição chamada Pré-Intermed, ocorrida de 18 a 27 de março, pintaram nos próprios corpos a palavra “COTAS” em manifestação contra a maioria de estudantes oriundos de escolas públicas que ingressaram neste ano na Unicamp. Em um resultado considerado histórico por toda a comunidade acadêmica e de repercussão nacional, 88,2% dos aprovados no curso de Medicina da Unicamp vêm do ensino público.
Uma vitória desses jovens e da luta por uma universidade inclusiva, socialmente referenciada e democrática, que devolva à população que a sustenta o investimento neste centro de excelência.
A atitude dos futuros médicos da FMJ foi repudiada por centros acadêmicos de outras faculdades de medicina e é também repudiada pela diretoria do STU.
Assim como, junto com o Núcleo de Consciência Negra da Unicamp, realizamos no último dia 23 um importante ato em rechaço às manifestações de “supremacia branca” pichadas novamente no IFCH, nos somamos às vozes que reafirmam que o ingresso de estudantes de escolas públicas, negros e indígenas é uma reparação histórica àqueles que construíram a riqueza da sétima economia do mundo e que vêm sendo vilipendiados pelo Estado. Os atuais indicadores da Unicamp e de outras universidades públicas fortalecem a política de cotas defendidas pelo STU. Racistas, não passarão!

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