Por uma universidade que não oprima as mulheres

A participação das mulheres trabalhadoras na luta sindical é tão importante quando o papel que desempenhamos cotidianamente na construção da Universidade, que chega aos 50 anos perpetuando as desigualdades de gênero.
Na Unicamp enfrentamos o machismo no dia-a-dia das relações de trabalho. Ano passado tivemos a ingrata surpresa da realização de uma semana comemorativa do Dia Internacional de Luta das Mulheres com eventos sobre moda, beleza e maquiagem. A iniciativa do GGBS indignou as trabalhadoras e estudantes, motivando um ato que repercutiu na mídia.
No ano de seu Jubileu, o debate sobre a valorização das trabalhadoras deve estar no centro da pauta.

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Fim da desigualdade salarial
É preciso debater a desigualdade salarial entre homens e mulheres que se evidencia na reduzida ocupação de cargos de chefia por funcionárias e na progressão na carreira com base nas avaliações – que há dois anos sequer acontecem (ver gráfico acima).

30 horas na Saúde e na DEdIC
A luta pela jornada de 30 horas semanais para TODOS os servidores na Área da Saúde e na DEdIC tem também essa perspectiva de enfrentamento ao machismo. A maioria beneficiada seriam as mulheres, que enfrentam dupla ou tripla jornadas.

Saúde preventiva e integral
A melhoria e expansão das especialidades atendidas no CECOM, incluindo atendimento aos dependentes, terceirizados, contratados via Funcamp e aposentados é outra demanda que segue na pauta de luta do STU e das mulheres trabalhadoras na Universidade. Assim como o acompanhamento integral e especializado em Saúde da Mulher – com garantia de realização de exames preventivos para todas as funcionárias.

Mais vagas nas creches
A garantia de vagas no Sistema de Educação Infantil para todos os filhos de trabalhadoras – incluindo as terceirizadas e contratadas via Funcamp – é outra demanda em relação à qual a Universidade tem que cumprir seu papel social. Da mesma forma, é preciso que a Unicamp assegure a compatibilização das férias escolares com a dinâmica de trabalho das servidoras e servidores, assegurando atendimento às crianças nos espaços culturais pois esse é um direito das mães e dos pequenos também (educação não é só o processo formal de alfabetização e sociabilidade).

Fim das terceirizações e defesa dos direitos das terceirizadas
Muitas funcionárias, principalmente, as terceirizadas vivem em situação de vulnerabilidade social. Entre essas trabalhadoras a maioria são chefes de famílias que, em função da precariedade dos contratos, sofrem mais pesadamente com atrasos salariais e de benefícios, superexploração, mais assédio moral e sexual.
Essas trabalhadoras, em sua maioria negras, enfrentam também a combinação nefasta das opressões de classe, raça e gênero. É preciso dar um basta a essa realidade. E esse foi o sentido da Marcha das Mulheres Negras realizada em novembro de 2015. Esse e é o sentido do 8 de março, que não é uma data para recebermos flores de quem nos oprime, violenta e desrespeita todos os outros dias, mas um momento de reflexão e luta pela construção de uma sociedade igualitária, não racista, não homofóbica e onde não haja espaço para a intolerância religiosa. Por isso o STU esteve presente na Marcha e é parte ativa da construção das mobilizações em homenagem ao Dia de Luta das Mulheres Trabalhdoras.

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