Entidades do campus se reúnem com reitoria para discutir pauta da comunidade universitária

O STU, Adunicamp e DCE se reuniram quinta-feira passada (15) com o reitor José Tadeu Jorge para dar prosseguimento à pauta conjunta da comunidade universitária.

Na ocasião foram tratados dos temas: transporte, terceirização e benefícios. O encontro foi produtivo porque conseguiu garantir junto à reitoria ações que melhorem as condições dentro da Universidade.

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Entidades representantes da comunidade universitária em reunião com a reitoria

Melhorias no transporte

Na discussão sobre o transporte o STU manifestou sua posição, que inclusive está na Pauta Específica 2015 de que haja “redução do valor do fretado com vistas à gratuidade e melhoria dos serviços e da mobilidade no transporte público e no serviço de circular interno”.

A reitoria disse que irá providenciar um estudo sobre a viabilidade de redução do valor do serviço com objetivo de aumentar a demanda. Tadeu explicou que “o fretado não é calculado sob o valor de tarifa, e sim, sob a remuneração salarial. O percentual incide sobre o escalonamento das faixas salariais. O conceito é de que quem ganha mais subsidia mais o custo do fretado”.

Na reunião, o STU cobrou que os aposentados tenham acesse ao fretado gratuitamente, já que muitos gostariam de participar do convívio social da universidade ou fazem tratamento médico no CECOM ou HC.

Sobre esse assunto o reitor afirmou que não há problema na utilização do serviço em linhas ociosas – aquelas em que há vagas no ônibus. Naquelas aonde não há assentos vagos será estudada uma solução como reserva antecipada de vagas ou outro procedimento viável, já que não é permitido transportar passageiro em pé. Ficou acertado também que o STU irá protocolar ofício reivindicando esse benefício.

Para aprofundar a discussão sobre transportes será agendada reunião com a Prefeitura do Campus, responsável pela gestão do serviço interno.
Outra questão levantada foi a reestruturação promovida pela Emdec que causou mudança nos itinerários e aumento no intervalo dos horários dos ônibus, sendo uma das linhas mais afetadas a 3.32. O sindicato solicitou intervenção da Universidade junto aos órgãos públicos municipais para a melhoria do transporte público. Destacando que a entidade já vem tratando desse tema com a Emdec, sendo importante que a Unicamp também se manifeste em defesa dos funcionários usuários do serviço.

A reitoria se disponibilizou a fazer gestão junto à Emdec para melhorar o serviço de transporte público que circula no campus.

As reivindicações apresentadas pelo STU buscam melhorar a qualidade do serviço prestado de forma a incentivar o uso dos transportes fretado e coletivo público como forma de solução para o transporte individual diante da escassez de vagas para estacionamento.

“A intenção da redução de custos é aumentar a demanda de uso dos fretados, principalmente entre os maiores salários, desestimulando o uso de carros para vir à Unicamp”, defendeu a diretora Adriana Stella.

A reitoria garantiu também que será reforçada a campanha de conscientização no trânsito para que haja respeito às vagas para deficientes e idosos, inclusive com o uso de Multa Moral – espécie de panfleto para alertar o motorista do estacionamento em vaga proibida.

Pauta de transporte para estudantes

No caso da reivindicação dos estudantes, o reitor Tadeu garantiu que haverá redução no intervalo dos horários do circular interno noturno (de 30 para 20 minutos) e que irá estudar a demanda para o fretamento de um transporte intermunicipal que atenda o trajeto dos campi Piracicaba-Campinas.

No entanto, o gestor foi categórico em afirmar que todas as medidas que indiquem custos serão dificilmente implementadas por conta do orçamento apertado da Universidade.

Fim das terceirizações

O STU reafirmou, mais uma vez, sua pauta pelo fim da terceirização e incorporação dos trabalhadores terceirizados ao quadro da Unicamp.
Tadeu afirmou que não é possível reverter todos os processos de terceirização que ocorreram ao longo da história da Universidade, mas admitiu que todos os serviços que atualmente são prestados pelos terceirizados podem ser feitos por trabalhadores da Unicamp. Mas que o principal problema é o custo, já que contratos com empresas terceirizadas oferecem custos mais baixos.

“É possível reduzir a terceirização, mas neste momento é muito difícil tratar do assunto por conta do orçamento. Agora é inviável implementar uma proposta dessa.”, argumenta o reitor.

O STU insistiu na ideia de reduzir a terceirização em algumas áreas, mesmo que progressivamente, de forma a dar início ao processo de eliminação dessa prática dentro da Unicamp.

Ficou acertado que a reitoria irá providenciar um amplo estudo dos setores que poderá sofrer redução e seus impactos. “A vigilância e a limpeza são áreas importantes que poderiam entrar nessa medida de redução da terceirização com vistas à eliminação completa desses contratos terceirizados. Sem contar que um corpo de vigilância interno melhora muito a segurança e as condições de trabalho”, justificou o diretor Marcílio Ventura.

Funcamp

O STU também cobrou que a Unicamp se manifeste favoravelmente ao reconhecimento do Sindicato como representante legal dos trabalhadores Funcamp, que atualmente pertencem à base do SEAAC.

O objetivo é somar forças no processo que tramita na Justiça do Trabalho a fim de que o STU possa representar os trabalhadores Funcamp, por serem todos trabalhadores contratados para desempenhar funções dentro da Unicamp, mesmo terceirizados. Ficou acertado que o Sindicato enviará ofício à Unicamp para que ela encaminhe parecer favorável à medida.

Vagas nas creches

O reitor Tadeu anunciou que continua investido na política de aumento de número de vagas nas creches e que o resultado tem sido a redução no número de pagamentos de auxílios criança, inclusive para as que possuem alguma deficiência.

O sindicato aproveitou para reafirmar sua reivindicação de que a Unicamp garanta vagas em creches para os filhos dos funcionários técnico-administrativos, docentes e estudantes, de modo a atender a demanda efetiva em todos os campi e as terceirizadas.

A avaliação é de que a reunião contribuiu para aprofundar o debate sobre terceirização e transporte de forma a avançar nos itens de discussão da pauta da categoria.

Nova reunião será agendada para continuidade das discussões.

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